domingo, 30 de outubro de 2011

Início de um Novo Mundo

Início de um novo mundo

Conecte-se com o aspecto mais sagrado de seu coração

"… A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclisma que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como deve acontecer, com a única, mas capital diferença, de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhe são peculiares. …" in "A Gênese", de Allan Kardec. A geração nova, Cap. XVIII, itens 27 e 28, edição da FEB)

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O texto acima, contido no capítulo intitulado "São chegados os tempos", foi publicado por Allan Kardec, em janeiro de 1868. Desde aquela época que já havia iniciado o processo de ascensão do planeta Terra e de seus habitantes. Atualmente, é perceptível a insustentabilidade de nosso atual modo de vida nos mais diversos níveis, principalmente nos níveis psicológico e espiritual. Contudo, não haverá o "fim do mundo" físico. Faz parte do plano divino, conduzido com maestria pelo Cristo-Jesus, o início de uma "nova era", com a recriação do mundo, onde o Espírito que somos, intrinsecamente imortal, poderá usufruir desse novo estágio de um planeta Terra, com habitantes mais justos e amorosos.

Estamos em plena transição de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração. Esta mudança de estágio nos convida a nos tornar conscientemente mais amorosos em nossas relações, com base no Amor a si, a nos cuidarmos como um campo energético pulsante que se expressa física, emocional, sentimental, mental, psicológica e espiritualmente. É tempo de transformação, de autotranformação. Portanto, conheçamo-nos, descubramo-nos. Toda e qualquer sombra, ao ser acessada e transformada, mostra o quantum de luz que há por trás dela.

Após nossa consciência ter alicerçado sua estrutura mental em um mundo tridimensional, com pensamento linear e separação dual, estamos entrando sutilmente em um nível mais ampliado da consciência, na próxima era da Humanidade terrena, sendo mais transparentes nas relações interpessoais, percebendo-nos integrados na Unidade consigo mesmo, com o próximo, com a natureza, enfim, com Deus. Podemos escolher agir a partir do coração, com uma nova compreensão do Amor, com autenticidade e integridade de ação consigo mesmo e com os outros.

O melhor de tudo é que não estamos sós nessa transição. Temos amparo do Cristo e de toda uma plêiade de seres que nos apoiarão nos movimentos que fizermos para sermos receptores/emissores de vibrações mais sutis que somente o Amor pode causar.

Questionamentos:

- Estou aproveitando as oportunidades de fazer o Bem, com o sentimento de unidade com o outro?

- Estou pondo (mais) Amor em tudo que faço e assim modificar energeticamente para melhor o meu entorno?

- O que me impede de me conhecer profundamente, a fim de permitir minha ascensão pessoal

FONTE: http://www.gepazebem.org/inicio-de-um-novo-mundo.html

 

 

 

A Chegada do Terceiro Millênio

 
TRECHO EXTRAÍDO DA ENTREVISTA DATA À REVISTA ESPÍRITA CRISTÃ DO TERCEIRO MILÊNIO - O MENSAGEIRO
 
O nosso entrevistado deste mês é o confrade Nelson Oliveira e Souza, Presidente do Centro Espírita Terezinha de Jesus, instituição fundada em 19 de maio de 1929. O Centro tem sua sede própria no bairro de Ramos, Rio de Janeiro, à Rua Nossa Senhora das Graças No :364.

Editor: Prezado Irmão, fale-nos sobre a sua iniciação na Doutrina Espírita.
R:
Agradeço à minha querida mãezinha, Eugênia de Oliveira e Souza, desencarnada em 27 de setembro de 1995, com a idade de 85 anos, a oportunidade de entrar em contato com a maravilhosa Doutrina Espírita, codificada pelo Mestre Allan Kardec.  Em 1943 era eu um garoto de 10 anos, quando minha mãe, jovem de 33 anos, começou a apresentar sintomas evidentes da sua mediunidade: gozava de boa saúde, mas com freqüência, repentinamente, ficava doente, gemendo de dores na cama, impossibilitada de executar os seus afazeres domésticos.  Procurava os médicos, mas nenhuma doença material era diagnosticada.  Tratava-se de Espíritos sofredores que a envolviam com o intuito, naturalmente, de serem ajudados através da mediunidade.  Foi quando ela conheceu a Casa de Terezinha de Jesus, onde iria trabalhar como médium, por mais de 50 anos.

Eu e minha irmã Nilza, que na época tinha 13 anos, vínhamos ao Centro, para fazer companhia à nossa mãe.  Tivemos a satisfação de conhecer o Sr. Sebastião Borges de Araújo, um dos fundadores e idealizador da Instituição, e que trabalhava também na FEB – Federação Espírita Brasileira, na Avenida Passos 30 – RJ, como médium receitista homeopata.

Atentamente ouvia as explanações doutrinárias das reuniões e como o Espiritismo é Ciência e Filosofia com conseqüências religiosas, e sempre fui fascinado pela Ciência e pela Filosofia, comecei a me interessar pela Doutrina Espírita, passando a estudar as obras básicas de Allan Kardec e, posteriormente, outras de caráter complementar.  Aos 18 anos passei também a freqüentar por vários anos a Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro, estabelecendo contato com vários médicos e cientistas espíritas da época.

 

Editor: Como encara o Espiritismo a chegada do terceiro milênio?  As catástrofes anunciadas têm algo de verdadeiro?
R:
A passagem dos anos, dos séculos e dos milênios é uma simples convenção dos homens para a contagem do tempo.  O término do ano de 1999 e o começo do ano 2000, na realidade nada têm de especial.  As catástrofes sempre ocorreram e ainda continuarão a ocorrer, como uma necessidade para a evolução do próprio Mundo Terra, porque tudo tem que evoluir na criação divina.  Até as estrelas nascem, evoluem e um dia morrem, isto é, sofrem contínuas transformações.  Já houve época em que a Terra era um mundo muito primitivo, com muito mais catástrofes do que agora, em que o vulcanismo e os terremotos, por exemplo, eram muito mais intensos e abundantes, provocando, no entanto, menos vítimas porque a Terra era menos habitada.

No passado, alguns continentes ou parte deles, submergiram nos oceanos, como conseqüência da movimentação de camadas interiores da Terra; em contrapartida, extensas regiões oceânicas se elevaram dando origem ao aparecimento de novas porções de terra.  Muitas pessoas sucumbiram nestes cataclismos, porque precisavam passar por tal experiência.  Fenômenos semelhantes ainda poderão ocorrer na Terra, alterando a geografia  da superfície terrena.

O exame geológico do solo e sub-solo brasileiros atesta a existência desses fenômenos em épocas remotas.  A cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, por exemplo, está assente sobre camadas de solo que se depositaram na maior cratera vulcânica do Planeta, cuja "caldeira", antes da sua extinção, tinha cerca de trinta quilômetros de diâmetro; vastas regiões da Amazônia apresentam a mais ou menos mil metros de profundidade, camadas de vinte a trinta metros de espessura de cloreto de sódio( sal de cozinha ), e cloreto de potássio( fertilizante ), com a presença de fósseis marinhos ( peixe ), comprovando que ali já existiu um extenso oceano que, por algum motivo, secou, sedimentando as camadas salinas, que posteriormente foram soterradas por outras camadas de solo.

Independentemente das modificações físicas do nosso Planeta, que ocorrem por grandes cataclismos, sabemos que outras transformações estão em curso no campo espiritual, pois a Terra já está vivendo, de algum tempo para cá e ainda continuará a viver, provavelmente nos próximos séculos, os ajustes necessários para deixar de ser um mundo de provas e expiações, para ser um mundo de regeneração.  Neste sentido, a chegada do ano 2000 poderá ser simplesmente escolhida como um marco convencional e simbólico, para registrar tais transformações espirituais, embora o seu início seja anterior e se operem através de várias gerações, quase imperceptivelmente. É uma Nova Era que tem que chegar e já vem chegando, com a separação gradativa do joio e do trigo.

Cada morada da Casa do Pai apresenta uma faixa espiritual vibratória permissível, acolhendo, isto é, imantando os Espíritos que se identificam dentro de tal faixa vibratória de progresso moral.  Quando dizemos que a Terra está a passar da categoria de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração, é aquela sua faixa espiritual vibratória permissível que está a se movimentar para frente na escala da evolução. Esta movimentação não é instantânea, mas pelo contrário, vai se operando gradualmente através do tempo, de tal forma que os Espíritos que vão ficando aquém do limite inferior da faixa vibratória permissível, têm que ser retirados para outros mundos, evidentemente, piores do que a Terra.  Os Espíritos que na Terra progridem muito, científica e moralmente, ultrapassando o limite superior da faixa espiritual vibratória, já podem ser conduzidos para outras moradas mais evoluídas.

Editor: O nosso mundo está realmente mais violento, como muitos apregoam?
R:
É difícil responder afirmativa ou negativamente, porque faltam-nos parâmetros absolutos para as referências.

Infelizmente a violência sempre existiu na Terra.  Alguns livros do Velho Testamento relatam muitos atos de violência, guerras, subjugação de povos, assassinatos, escravidão, trabalhos forçados, etc.  Até mesmo no Novo Testamento encontramos a violência como , por exemplo, a matança de todos os meninos de dois anos para baixo, na cidade de Belém e suas circunvizinhanças, ordenada pelo rei da Judéia, Herodes, porque temia perder o trono para Jesus, que acabara de nascer(Milhares de meninos foram sacrificados ).  A própria prisão e crucificação de Jesus foram atos de extrema violência.
 

Se consultarmos os livros de História Geral, vamos nos deparar com muita violência: guerras, torturas, escravidão, subjugação e extermínio de povos, inclusive o extermínio de tribos indígenas das Américas.  É preciso notar que muita violência praticada no passado, não foi registrada, por deficiência dos meios de comunicação da época.  As notícias caminhavam lentamente, muitas vezes de boca em boca, alcançando as pessoas num pequeno raio de ação, pois não existiam jornais, revistas, rádios e televisões.  Donde podemos concluir que a violência do passado que conhecemos é apenas parte da realidade.

Hoje, graças ao grande desenvolvimento científico e tecnológico do Século XX ( Satélites artificiais, rádio, televisão, telefonia celular, microcomputador e Internet ), as comunicações entre as pessoas se tornaram mais rápidas e precisas, permitindo a divulgação daquilo que acontece numa pequena parte do Globo, passando a ser do conhecimento de todos, instantaneamente, com todos os detalhes e muitas vezes mesmo, ao vivo.

Desta forma, a quantidade de notícias de violência agora divulgadas, é muito grande, maior do que outrora.  Analisando alguns pequenos aspectos, parece que, no todo, a Humanidade melhorou um pouco.  Hoje as pessoas vão aos Estádios para assistir competições esportivas e, até mesmo, para participar de Congressos religiosos, encontros de orações; outrora, reuniam-se nos espetáculos circenses para aplaudir os leões devorarem seus irmãos cristãos.

Antigamente éramos canibais, fazíamos churrasquinho dos prisioneiros das tribos indígenas inimigas, capturados nas guerras, e isto aqui mesmo no Brasil, somente há 500 anos; hoje, ainda continuamos a fazer churrasquinhos, só que de animais.  No futuro, é certo que aboliremos, por completo, tal prática mas, por enquanto, são apenas reminiscências do passado.


Editor: Qual seria a solução para diminuir a violência?
R:
Vejo duas coisas importantes que podem e devem ser feitas para diminuir a violência: Educação e Evangelização.  Este duplo trabalho deveria começar com as crianças e os adolescentes, preparando-os para um futuro melhor.

É preciso ensinar as crianças e aos adolescentes que a liberdade de ação é igual para todos e, por isso mesmo, esta liberdade tem que ser responsável.  Jamais podemos prejudicar quem quer que seja, isto é, precisamos estar aptos para reconhecer as fronteiras que limitam a nossa liberdade, para não ferir os preceitos da justiça divina.  Os nossos direitos não são ilimitados: eles terminam onde os direitos do nosso próximo começam.

A maneira mais fácil de fazer isto é trabalhar as crianças e os adolescentes, ensinando-lhes as boas maneiras, o modo correto de agir em sociedade, dentro dos ensinamentos evangélicos de Jesus, que nos fornecem roteiros preciosos para todas as situações.

Os mesmos ensinamentos são também válidos para os adultos.  Só que estes, podem ter passado por uma infância e uma adolescência sem a luminosa oportunidade de uma boa educação e evangelização, condição que, certamente, pode ter propiciado ao adulto a expansão dos seus maus instintos e vícios perniciosos adquiridos em existências passadas.  Desta forma, o trabalho de educação e evangelização dos adultos, torna-se mais penoso e demorado, mas não é impossível, e também precisa ser executado.

 
 
 

PERGUNTAS SOBRE O APOCALIPSE



 

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O APOCALIPSE:

1 – Que significa o termo apocalipse?


Vem do grego apokálypsis. Significa revelação. Há vários apocalipses no Velho Testamento. O mais conhecido é o último livro do Novo Testamento, atribuído a João Evangelista. Trata de acontecimentos relacionados com o final dos tempos, com revelações que o apóstolo teria obtido por meio de visões.

2 – Estudiosos dizem que há ali a revelação de grandes hecatombes e guerras que dizimarão a Humanidade neste milênio. O Mundo vai acabar?
Certamente, sim, mas vai demorar um pouco… perto de seis bilhões de anos, quando o Sol agonizar. Em seus estertores crescerá desmesuradamente, engolindo os planetas de nosso sistema. Até lá Deus arranjará outro lugar para morarmos.

3 – João fala de um final dos tempos marcados por fogo. Não seria uma referência a uma hecatombe nuclear?
As previsões de João são muito nebulosas, simbólicas, ao gosto de cada intérprete, de tal maneira que podemos situá-las em variadas épocas da História. Alguns exegetas, talvez mais acertadamente, concebem que João reportava-se a eventos de seu tempo, quando os romanos, sob o comando do general Tito, incendiaram Jerusalém, não deixando pedra sobre pedra, promovendo a dispersão dos judeus, a chamada diáspora.

4 – Como podemos encarar o assunto, à luz do Espiritismo?
A Doutrina é bem clara ao nos alertar quanto à separação do joio e do trigo, os bodes das ovelhas, a que se referia Jesus, com a promoção de nosso planeta, na sociedade dos mundos. Deixaremos a condição de planeta de provas e expiações, onde o egoísmo predominante gera os males humanos, para planeta de regeneração, em que consciências despertas para os objetivos da existência elegerão os serviços do Bem por norma de conduta.
5 – Pela conturbação atual, com o clima de violência que se instala na sociedade humana, podemos dizer que é chegado o momento dessa separação, a fim de que os justos não sejam esmagados pelos injustos?
Considerando a afirmativa de Jesus, no Sermão da Montanha, Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra, seria complicado operar essa separação agora. Certamente nosso planeta ficaria semi-deserto, porquanto raros venceram a agressividade inerente ao comportamento humano.

6 – E como fica a previsão que os Espíritos Superiores fazem com relação à civilização cristianizada que deverá estabelecer-se na Terra neste milênio?
Como dizia Chico Xavier, um milênio tem mil anos. Temos muito tempo pela frente, até que ocorra essa realização grandiosa, com a adesão humana aos princípios do Evangelho. Deus não tem pressa.

7 – Com o desenvolvimento dos recursos tecnológicos, no terreno bélico, não demorará muito tempo e estaremos mergulhados num conflito atômico, de conseqüências devastadoras. Não estaria aí o apocalipse, promovendo a morte de considerável parcela da Humanidade, para que ocorra o grande expurgo?
Há uma tendência de imaginar que o Reino de Deus será precedido por hecatombes naturais ou provocadas pelo homem, dizimando grande parcela da Humanidade. Não há necessidade de nada disso. Quando chegar a hora, quando os poderes que nos governam considerarem que há suficiente número de habitantes que conquistaram a mansuetude, o expurgo será feito naturalmente, atendendo aos ditames da Natureza. Ela nos transfere, inelutavelmente, para o mundo espiritual, a cada experiência reencarnatória, dentro de limites que normalmente não ultrapassam os cem anos. Isso significa que em um século será completado o expurgo, quando chegar a hora, sem violência.

8 – O que pode ser feito para tornar mais rápido o processo de transformação da Humanidade, com a edificação de uma sociedade melhor, um mundo de mansuetude?
Combater o materialismo, não apenas a convicção materialista, exercitada por uma minoria, mas a pior forma, que é o comportamento materialista, exercitado por multidões que dizem acreditar em Deus e na sobrevivência da alma, mas de forma superficial, que não se reflete em seu comportamento. Enquanto as pessoas não tiverem convicção de que a vida continua e de que colheremos, inexoravelmente, as conseqüências de nossas ações, após a morte, o mundo continuará agitado como o vemos. Nesse aspecto, a Doutrina Espírita é a grande benção, descerrando a cortina que separa o plano físico do espiritual, conscientizando-nos de nossas responsabilidades, ante a certeza   da vida que não acaba nunca e ondenunca está ausente a justiça de Deus.
Richard  Simonetti

fonte: http://www.richardsimonetti.com.br

 

 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Raia uma nova esperança


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RAIA UMA NOVA ESPERANÇA 
 
Arraigadas aos princípios  de negatividade, as pessoas ainda não estão sentindo a natureza crística que paira sobre o planeta terra. O ser humano deve estar de braços abertos  munido de fé e contentamento para receber com sabedoria o nascer de uma nova era. O Cristo entrega-lhe nesse raiar de um nova esperança, o discernimento para  o  despontar  da aurora global da vida.
Funde-se a esperança em um despertar bondoso de onde há de vir o norteamento de vidas superiores para amaciar os corações combalidos  na violência que continuam provocando um desamor jamais visto.
Mas todas as criaturas irão se adequar essa energias vindouras em sua totalidade para sua segurança e sua realidade que ficará para sempre fazendo brotar uma  sensação de paz absoluta que reinará para sempre nos corações que foram ignorantes um dia.
Reações positivas e compreensivas virão em torno da esperança que todos sentirão. As diferenças desaparecerão dando lugar a união de todas as famílias, de todos os seguimentos terrenos.
Fazer muito  por si nesse instante. Emendar-se para entender-se sem as divergências que tão bem conhecemos.
É um tempo totalmente novo que surgirá na terra, mas  as sombras escuras da alma primeiro devem desaparecer. Quem vai acelerar o processo de crescimento do vosso planeta será você mesmo. Há um imenso exército de luz que periodicamente desce a  terra para fazer um saneamento. No entanto, as almas continuam cometendo  excessos, agravando mais  a sua sujeira e retardando o planejamento divino do seu  amado planeta.
Os abusos são tão grandes que o trabalho dos servidores da luz do Cristo se intensifica cada vez mais. É como se a sujeira fosse tirada e imediatamente  ela voltasse para o mesmo lugar. Mesmo com tantos apuros utilizados pelos mensageiros da luz nessas missões saneadoras, dar para se sentir que a
densidade está um pouco melhor.
Há uma concreta   esperança por parte daqueles que aqui chegam para ajudar na redenção do planeta enfermo. Há também um grande cerco de luz alimentando as suas camadas protetoras. Mas a onda de pensamentos malévolos é muito grande, daí porque Jesus convoca a todos a se reunirem ao seu rebanho nesse
projeto de luz.
Homens,  amai-vos, instrui-vos e agi com toda benevolência de vossas  almas!...
Fazei sem ostentação todo bem que puderes. Aplicai o amor carregado de estrelas da compreensão e da docilidade.
Rogai ao Pai pelos deserdados, pelos inquietos, pelos infelizes, pelos desesperados...
Vós não sabeis ao certo o que as almas na terra passam dentro de si.
Compaixão, e se puderes dê-lhes a  esperança de um novíssimo tempo.
A fada poderosa que comanda o processo da mudança está consigo atuando invisivelmente em dimensões encantadoras.
Todos alcançarão  o seu galardão.
A visão se ampliará.
A força do amor e do bem vai prevalecer nos envolvendo com muita esperança de que a terra será no futuro o verdadeiro paraíso.
Homens terrenos!
Agi com sabedoria e fé fazendo a vossa parte.  Deitai a fraternidade em si, não em declive, mas em uma boa escalada de compreensão para que alcancem a senda do amor propriamente dito.
Em fé e em esperança deveis ficar e repassar a boa nova cristica que nos traz as luzes envasadas feitas de  muitas energias e de amor criadas no seio divino, coordenadas pela Santa mãe dos céus e dirigidas pelo nosso Mestre e Rei que rege os filhos do pai em evolução ou não nas moradas sagradas da vida.
Fiquem todos em profunda reflexão sobre consciência e sobre  esperança.
Façam-se de discípulos da luz   do Cristo em favor de si e de toda humanidade.
Espalhem o verde nos seus corações e nos corações que vivem na apatia, na descrença, na mentira e na dúvida de todo seguimento que a vida terá
após a sua partida terra.
Acreditem  em um  novo tempo.
Nós lhes  esperamos com amor partilhando o verde da esperança,  conectados com o Cristo em sua mansão divina feita de amor perfumado e  verdadeiro.

Cavaleiros da Boa Hora (Cavaleiros do Cristo)
 
Mensagem canalizada  por Francyska Almeida
Em 190108 -Fort-Ce-Brasil.

ORAÇÃO À MARIA


 

ORAÇÃO À MARIA 

 

 
 
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MUNDO MELHOR - FILME DE 1996

Filme francês de 1996, escrito e dirigido por Coline Serreau, que também é a personagem central.
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Apesar de feito com orçamento modesto, é uma divertida e criativa crítica ao estado atual da "civilização" sob a ótica de uma suposta visitante vinda de um "outro planeta", que poderia ser uma versão otimista futura da Terra, após a decadência do presente paradigma de degradação ecológica, consumismo, poluição industrial, moral e ética que está culminando com o presente patético dramático que vivemos.
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Esse filme se torna particularmente significativo hoje em dia, quando experimentamos crises crescentes. A corrupção política, a avidez da ganância humana potencializada pelo crescente domínio das corporações, cujo modelo capitalista não mede esforços criativos para explorar e subverter a evolução humana e reduzi-la a um medíocre estado de ilusão materialista consumista cujas consequências são visíveis para todos os que tem olhos de ver e que já experimentaram a pílula vermelha de um despertar de consciência para a realidade além da ilusão da Matrix em que a maioria está presa.
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A chamada "civilização humana" é, para dizer o mínimo, a manifestação de uma "colcha de retalhos" tecida com um fio criado por uma sequência contínua de guerras, tiranias políticas e exploração humana por parte de elites dominantes na área política, econômica e religiosa.
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O planeta Terra, apesar de seu potencial paradisíaco, se tornou uma "piada cósmica" de humor quase negro. A admirável e rara beleza de nosso planeta azul, a multi diversidade da manifestação mineral, vegetal e animal de nosso orbe se tornou vítima de implacável algoz: a interferência humana.
O ser humano se tornou o algoz maior de si próprio.
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LA BELLE VERTE, literalmente "a bela verde", traz uma mensagem daquilo que poderia ser nosso planeta Gaia, uma casa onde todos os seres vivem em perfeita harmonia com a Natureza, sem os "avanços tecnológicos" baseados em nossa Física mecanicista, mas com o domínio de "tecnologias" avançadas de telepatia, capacidade de teleportar-se e de viver em um permanente estado lúdico e de hedonismo inocente, onde brincar de acrobacias e meditações coletivas "ouvindo o silêncio" são partes importantes da vida diária.
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Em nossa realidade presente temos um quadro representativo dos valores endeusados pela sociedade; o patético ambiente consumista dos movimentados "shopping centers", onde humanos robotizados, condicionados a comprar quinquilharias que não necessitam correm pra lá e cá perdidos em sua solidão e ilusões inconscientes. Não sabem que correm de si mesmos, correm para "lá e então", sem nunca estarem AQUI, AGORA.

O consumismo programado no subconsciente de uma civilização escravizada, aprisionada em suas próprias fantasias difusas e inconsequentes.
Um ser humano novo há que nascer, um ser que possa evoluir sem dor, sem sofrimento, sem explorar seu semelhante. Essa é nossa esperança, quase um sonho projetado ao passado a partir de um futuro que parece ser presente em nmosso íntimo.
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CRÉDITOS:
À Coline Serreau, francesa, autora, diretora e personagem central do filme que teve a inspiração de criar esse curioso filme, que nos leva a imaginar um novo mundo de paz harmonia, amor, respeito e leveza DE SER.

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fonte: Anjo de Luz

 

 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA


O Aborto na Visão Espírita

Revista Reformador

Campanha "Amor à Vida! Aborto, Não!"

I – Considerações Doutrinárias

A Doutrina Espírita trata clara e objetivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:

Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

Resposta – "Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando".

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?

Resposta – "O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal".

Início da Vida Humana

Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas conseqüências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:

Pergunta – Em que momento a alma se uns ao corpo?

Resposta – "A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus."

As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vêm confirmando a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A Doutrina Espírita firma essa certeza definitiva, estabelecendo uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece registros de que o ser é preexistente à morte biológica.

A tese da reencarnação, que o Espiritismo apresenta como eixo fundamental para se compreender a vida e o homem em tua sua amplitude, hoje é objeto de estudo de outras disciplinas do conhecimento humano que, através de evidências científicas, confirmam a síntese filosófica do Espiritismo: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei."

Assim, não se pode conceber o estudo do abortamento sem considerar o princípio da reencarnação, que a Parapsicologia também aborda ao analisar a memória extracerebral, ou seja, a capacidade que algumas pessoas têm de lembrar, espontaneamente, de fatos com elas ocorridos, antes de seu nascimento. Dentro da lei dos renascimentos se estrutura, ainda, a terapia regressiva a vivências passadas, que a Psicologia e a Psiquiatria utilizam no tratamento de traumas psicológicos originários de outras existências, inclusive em pacientes que estiveram envolvidos na prática do aborto.

Aborto Terapêutico

O procedimento abortivo é moral somente numa circunstância, segundo O Livro dos Espíritos, na questão 359, respondida pelos Espíritos Superiores:

Pergunta – Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mão dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

Resposta – "Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.'

(Os Espíritos referem-se, aqui, ao ser encarnado, após o nascimento.)

Com o avanço da Medicina, torna-se cada vez mais escassa a indicação desse tipo de abortamento. Essa indicação de aborto, todavia, com as angústias que provoca, mostra-se como situação de prova e resgate para pais e filhos, que experimentam a dor educativa em situação limite, propiciando, desse modo, a reparação e o aprendizado necessários.

Aborto por Estupro

Justo é se perguntar, se foi a criança que cometeu o crime. Por que imputar-lhe responsabilidade por um delito no qual ela não tomou parte?

Portanto, mesmo quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana.

No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher.

Aborto "Eugênico" ou "Piedoso"

A questão 372 de O Livro dos Espíritos é elucidativa:

Pergunta – Que objetivo visa a providência criando seres desgraçados, como os cretinos e os idiotas?

Resposta – "Os que habitam corpos de idiotas são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados."

Fica evidente, desse modo, que, mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele renasça em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa.

Aborto Econômico

Esse aspecto é abordado em O Livro dos Espíritos, na questão 687:

Pergunta – Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?

Resposta – "Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto."

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXV, a afirmativa de Allan Kardec é esclarecedora: "A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentânea supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência de outro; e cada um terá o necessário."

Convém destacar, ainda, que o homem não é apenas um consumidor, mas também um produtor, um agente multiplicador dos recursos naturais, dominando, nesse trabalho, uma tecnologia cada vez mais aprimorada.

O Direito da Mulher

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, entendendo que o filho é propriedade da mãe, não tem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer.

Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe. Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro.

Estudos científicos recentes demonstram o que já se sabia há muito tempo: o feto é uma personalidade independente que apenas se hospeda no organismo materno. O embrião é um ser tão distinto da mãe que, para manter-se vivo dentro do útero, necessita emitir substâncias apropriadas pelo organismo da hospedeira como o objetivo de expulsá-lo como corpo estranho.

Conseqüências do Aborto

Após o abortamento, mesmo quando acobertado pela legislação humana, o Espírito rejeitado pode voltar-se contra a mãe e todos aqueles que se envolveram na interrupção da gravidez. Daí dizer Emmanuel (Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap. 17, ed. FEB): "Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões".

Mulher e homem acumpliciados nas ocorrências do aborto criminoso desajustam as energias psicossomáticas com intenso desequilíbrio, sobretudo, do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que surgirão a tempo certo, o que ocorre não só porque o remorso se lhes estranha no ser mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservava para filhos.

Por isso compreendem-se as patologias que poderão emergir no corpo físico, especialmente na área reprodutora, como o desaguar das energias perispirituais desestruturadas, convidando o protagonista do aborto a rearmonizar-se com a própria consciência.

No Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de conseqüências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: "Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar." (João, 8:11.)

A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.

Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser.

Agindo assim, evitam-se todas as conseqüências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. "O amor cobre a multidão de pecados", nos ensina o apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).

II – Considerações Legais e Jurídicas

Alteração do Código Penal

Tramita no Congresso Nacional Projeto de Lei que altera o Código Penal Brasileiro, nos seus artigos 124 a 128, elaborado por uma comissão especialmente criada com esse fim, e que já recebeu a acolhida do Ministério da Justiça e da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

O Código vigente, Decreto-Lei 2.848, de 7-12-1940, pune o aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento (art. 124), o aborto provocado por terceiro (art. 125), o aborto provocado com o consentimento da gestante (art. 126), e prevê formas qualificadas em caso de superveniência de lesões graves ou morte da gestante (art. 127). No art. 128, expressa não ser punível o aborto praticado por médico: "(...) II – Se a gravidez resultante de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal", além, claro, daquele autorizado para salvar a vida da gestante (inciso I).

O anteprojeto de alteração do Código Penal Brasileiro vai além, em especial no seu artigo 128, com a ampliação de sua área de abrangência, ou seja, permitindo a prática do aborto: a) não só quando houver perigo de vida à gestante, mas também para, em caráter amplo, "preservar a saúde" da mulher (inciso I), ou b) não só em razão da gravidez originada de estupro, mas também quando a gravidez for resultado da "violação da liberdade sexual ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida" (inciso II) e c) quando houver fundada probabilidade de o nascituro apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais, mediante constatação e atestado afirmado por dois médicos (inciso III).

Dada a gravidade da questão, eis que as alterações propostas ampliam a descriminalização do aborto e implicam o poder de decidir sobre a vida de um ser humano já existente e em desenvolvimento no ventre materno, oferecendo à gestante inúmeras alternativas legais, não há como permanecer em silêncio, sob a pena de conivência com um possível procedimento que, frontalmente, fere o direito à vida, cuja inviolabilidade tem garantia constitucional. À vista dessas propostas, é necessário que se dê ênfase à responsabilidade assumida por todos quantos participem da perpetração do ato criminoso, desde a atividade legislativa e sua promulgação, convertendo em lei o leque abrangente da prática do abortamento, até quem o autoriza, com ele consente e o executa.

Vale notar que existem outros projetos de lei no Congresso sob o mesmo enfoque e, recentemente, o Sr. Ministro da Saúde, através de Norma Técnica, procurou antecipar a prática de procedimentos abortivos no sistema SUS.

O Direito À Vida

O direito à vida é amplo, irrestrito, sagrado em si e consagrado mundialmente. No que tange ao direito brasileiro, a "inviolabilidade do direito à vida" acha-se prevista na Constituição Federal (artigo 5º "caput"), o primeiro entre os direitos individuais, quando essa lei básica, com ênfase, dispõe sobre os direitos e garantias fundamentais.

O ser humano, como sujeito de direito no ordenamento jurídico brasileiro, existe desde a sua concepção, ainda no ventre materno. Essa afirmativa é válida porque a ciência e a prática médica, hoje, não têm dúvida alguma de que a criança existe desde quando fecundado o óvulo pelo espermatozóide, iniciando-se, aí, o seu desenvolvimento físico. Tanto correta é essa afirmativa que, no ordenamento jurídico brasileiro, há a previsão legal de que "a personalidade civil do homem começa pelo nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro" (artigo 4º do Código Civil – grifou-se). Entre esses direitos está, além daqueles que ostentem caráter meramente econômico ou financeiro, o primeiro e o mais importante deles, vale dizer, o direito à vida.

Surge, aqui, uma conclusão: a de que a determinação de respeito aos direitos do nascituro acentua a necessidade legal, ética e moral de existir maior e quase absoluta limitação da prática do abortamento. Uma exceção, apenas, há: quando for constado, efetivamente, risco de vida à gestante.

Essa limitação quase absoluta da permissibilidade do abortamento, com a exclusão da responsabilidade tão-somente no caso do inciso I do artigo 128 do atual Código Penal (risco de vida à gestante), afasta, moralmente, a possibilidade do abortamento em virtude do estupro (constrangimento da mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça), embora permitido no inciso II do dispositivo legal em tela. Isso porque, analisando-se o fato à luz da razão e deixando de lado, por ora, os reflexos do ato, na gestante, estar-se-ia executando autêntica pena de morte em um ser inocente, condenado sem que tivesse praticado qualquer crime e – o que se afigura pior e cruel -, sem que se lhe facultasse o direito de defender-se, direito esse conferido,legalmente e com justiça, até àqueles acusados dos crimes os mais hediondos.

Eis a razão do grito de repúdio ás propostas de alteração do Código Penal pátrio e, conseqüentemente, do alerta em defesa da vida, já que, no caso do abortamento, o destinatário do direito a ela se acha impossibilitado de exercê-lo. E mais: penalizam-se duas vítimas, a mãe que se submeterá ao abortamento, cuja prática pode gerar conseqüências físicas indesejáveis, além das de ordem psicológica, e o filho, cuja vida é interrompida, enquanto que o agressor, muitas vezes, remanesce impune, dadas as dificuldades que ocorrem, geralmente, na apuração da autoria do crime cometido.

Diante dessa situação, deve ser preservada a vida da criança como dádiva divina que é não obstante as circunstâncias que envolveram a sua concepção. Se, contudo, a mãe não se sentir com estrutura psicológica para aceitar um filho resultante de um ato sexual indesejado, a atitude que se afigura correta e justa é que se promova sua adoção por outrem, oferecendo-se a ele um lar onde possa ser criado e educado, enquanto é desenvolvido trabalho para reequilíbrio da mãe, com a superação (ainda que lenta e dolorosamente, mas saudável para seu crescimento moral, social e espiritual) dos efeitos nocivos do crime de que foi vítima. Não será, evidentemente, o sacrifício de um ser sem culpa, que desabrocha para a vida, que resolverá eventuais traumas da infeliz mãe, sem falar na possibilidade de sofrer ela as conseqüências físicas e psicológicas já referidas, além do reflexo negativo de natureza espiritual.

Há necessidade urgente de que se tenha consciência do crime que se pratica quando se interrompe o curso da vida de um ser. Não importa se, como no caso, esse curso esteja em sua fase inicial. Não se pode, conscientemente, acobertá-lo com o manto de questionável "legalidade",

Cabe a cada um de nós amar a vida e dignificá-la, tanto quanto cabe aos homens públicos e, principalmente, aos legisladores e governantes criar as condições necessárias para que o respeito à vida e aos direitos humanos (inclusive do nascituro), a solidariedade e a ajuda recíproca sejam não só enunciados, mas praticados efetivamente, certos, todos, de que, independentemente da convicção religiosa ou doutrinária de cada um, não há dúvida de que somos seres criados por Deus, cujas Leis, entre elas, a maior, a Lei do Amor, regem nossos destinos.

Espera-se que, como resultado deste alerta que o quadro social está a sugerir, possa ser vislumbrada a gravidade contida nas alterações legislativas propostas. É urgente e necessário que todas as consciências responsáveis visualizem, compreendam e valorizem o cerne do problema em questão – o direito à vida -, somando-se, em conseqüência, àqueles muitos que, em todos os segmentos da sociedade, o defendem intransigentemente.

A análise e as conclusões aqui expostas, como decorrência lógica do pensamento espírita-cristão sobre o aborto, representam contribuição à ética, à moral e ao direito do ser humano à vida. Não há, no contexto desta mensagem, a pretensão de que todos que a lerem aceitem os princípios do Espiritismo. Espera-se, todavia, confiantemente, que haja maior reflexão sobre tão importante assunto, notadamente ante a observação de que conquistas científicas e médicas atuais, comprovando de forma irrefutável a existência de um ser desde a concepção com direito à vida, oferecem esclarecimentos e razões que orientam para que se evite qualquer ação, cujo significado leve à agressão à vida do ser em formação no útero materno. Afigura-se, assim, de suma importância qualquer manifestação de repúdio aos propósitos da alteração legislativa referida. Esse o objetivo desta mensagem.

Enquanto nós, os homens, cidadãos e governantes, não aprendermos a demonstrar amor sincero e acolhimento digno aos seres que, de forma inocente e pura, buscam integrar o quadro social da Humanidade, construindo, com este gesto de amor, desde o início, as bases de um relacionamento realmente fraternal, não há como se pretender a criação de um ambiente de paz e solidariedade tão ansiosamente esperado em nosso mundo.

Não há como se pretender que crianças, jovens e adultos não sejam agressivos, se nós os ensinamos com o nosso comportamento, logo de início, e até legalmente, a serem tratados com desamor e com violência.

Amor à Vida! Aborto, não!

(Este texto – O aborto na visão espírita – aprovado pelo Conselho Federativo Nacional em sua Reunião Ordinária de 13 a 15 de novembro de 1999, em Brasília, constitui o documento que a FEB está levando, como esclarecimento, à consideração das autoridades do Governo Federal, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. As Entidades Federativas estaduais, por sua vez, realizam o mesmo trabalho junto aos Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vereadores, outras autoridades e ao público em geral, em seus Estados.)

Revista Reformador, Nº 2051, Fevereiro de 2000

Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/aborto/o-aborto-na-visao-espirita.html

 

 
O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...